Professora faz postagem polÃtica e é afastada em SC
Servidora defende que manifestação foi feita em redes sociais particulares e que foi tirada de contexto.
Uma professora da rede municipal de Chapecó, no Oeste catarinense, foi afastada do cargo e vai responder a uma sindicância por publicar uma foto na web em apoio ao candidato à presidência Lula (PT). Segundo a prefeitura, a investigação deve ser concluída em até 30 dias.
A postagem trazia um texto com referência à expressão “doutrinar criancinhas” e causou polêmica na cidade.
A professora Mailan Suelen Câmara, de 32 anos, publicou uma foto fazendo um “L” com a mão direita e usando óculos com o nome do ex-presidente. Na legenda, afirma que “nunca foi tão propício ser uma professora de esquerda que doutrina criancinhas, as desviando da família tradicional brasileira!”.
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), publicou um vídeo nas redes sociais na quarta-feira (12) em que critica a postagem da professora e anuncia o afastamento da profissional. Ele disse ter determinado também a abertura de uma sindicância e o envio de informações sobre a postagem da educadora ao Ministério Público.
"Professor ou professora nenhuma está em sala de aula a mando de qualquer que seja a doutrinação, esquerda, direita, não importa. Quem educa o filho é o pai, é a mãe", afirmou o prefeito no vídeo.
Em defesa da servidora, que atua há três anos no município, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Chapecó e Região (SITESPM) avaliou que a mensagem dela foi uma ironia.
Lizeu Mazzioni, presidente da coordenação municipal da entidade, criticou também a exposição da professora causada pelo vídeo do prefeito.
"Nossa avaliação é de que não faz nenhum sentido o prefeito fazer aquele vídeo. O ato administrativo, dentro das atribuições do prefeito, se ele avaliou que era o caso de abrir a sindicância, é uma coisa do ponto de vista administrativo, mas ele acabou fazendo uso político e eleitoral, inclusive, expondo a professora, em uma situação até de certo ódio e de insegurança física da professora", avalia.
G1
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