Homem é condenado por estuprar, maltratar e ameaçar filha adotiva no Meio-Oeste
VÃtima era agredida com mangueiras, cintas, ripas e pedaços de cano, caso não fizesse o trabalho direito
Imagem meramente ilustrativa-Foto Reprodução internet
Um homem e a filha dele foram condenados por estupro, maus-tratos e ameaça contra uma jovem, em uma cidade da Comarca de Capinzal, no Meio-Oeste catarinense. Conforme o Ministério Público, o réu é pai adotivo da vítima e recebeu pena de 28 anos de reclusão em regime fechado, enquanto a mulher foi condenada a três meses e três dias de detenção em regime semiaberto.
O caso aconteceu em uma propriedade rural em agosto do ano passado. Segundo as investigações, o homem provocou o desmaio da vítima, colocando um pedaço de pano molhado no nariz dela. A substância utilizada não foi identificada, mas a mulher passou alguns minutos inconsciente.
Ao acordar, a vítima percebeu que estava nua e com um sangramento na vagina, e foi ameaçada de morte pelo réu caso contasse a alguém o que havia acontecido. Atemorizada, ela conseguiu fugir da propriedade para buscar ajuda, e o fato chegou ao conhecimento das autoridades.
O desenrolar do processo acabou revelando que a mulher vivia em condições deploráveis. Ela não recebia cuidados indispensáveis, era obrigada a realizar trabalhos excessivos e inadequados e sofria punições severas quando não fazia as coisas exatamente como os réus queriam.
“Durante os anos em que residiu com os denunciados, a vítima era obrigada por eles a dar conta, diariamente, de trabalhos pesados, por jornadas exaustivas e sob condições degradantes: ela deveria carregar nas costas três bolsas de aproximadamente 50kg de silagem até o topo do morro onde as vacas se alimentavam; tirar leite de 14 vacas; limpar a casa; cuidar dos filhos da ré e lavar o sistema de ordenha sem luvas, o que deixou suas mãos manchadas pelo uso inadequado de detergente alcalino", disse o MPSC.
Nesse contexto, a mulher trabalhava das 6 horas da manhã até as 8 horas da noite. Quando não cumpria as ordens à risca, ela era agredida nas costas com mangueiras, cintas, ripas e pedaços de cano, além de sofrer ofensas verbais e levar socos e tapas no rosto.
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